Portal do Festival de História
Soraya Ursine
A bela paisagem do São Francisco em Penedo, AL
Histórias entrelaçadas pelo Velho Chico
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O portal do fHist começa a disponibilizar os resultados das pesquisas históricas, culturais e naturais realizadas ao longo da calha do rio São Francisco, desde as suas nascentes na Serra da Canastra, em Minas Gerais, até a foz no Atlântico, em Piaçabuçu, entre Alagoas e Sergipe. Cidades, diários de bordo, revistas e relatórios, fotografias e vídeos sobre bens culturais tombados, parques e áreas de proteção ambiental integram esse rico e singular acervo que revela também a degradação provocada por mais de 500 anos de exploração irracional dos recursos hídricos do grande rio, de suas margens, flora e fauna.

Ao longo desses cinco séculos, o Opara, o rio-mar na língua dos primeiros habitantes, ganhou outros nomes e apelidos. Rio São Francisco, em homenagem ao santo do dia, batizou o navegador europeu Américo Vespúcio quando o avistou em quatro de outubro de 1501. Rio dos Currais, os vaqueiros nomearam quando as fazendas de gado se espalharam por suas margens. Por ligar o Sudeste ao Nordeste e ao Centro-Oeste pelos caminhos do sertão, carregou também o nome de rio da Unidade ou da Integração Nacional. Mas foi do amor dos ribeirinhos e da generosidade do rio, que durante séculos presenteou o homem com peixes, água e vida, que nasceria o carinhoso apelido Velho Chico, mas que traz consigo toda a atmosfera de sofrimento e dor provocada por sua degradação.

Em defesa de um rio cada vez mais ameaçado, não são poucas as vozes que ecoaram nas últimas décadas. Entre as quais, as da campanha São Francisco Patrimônio Mundial e da Expedição Halfeld, que mapeou os bens históricos, culturais e naturais do Velho Chico entre 2001 e 2011. E são os resultados desse trabalho de pesquisa de campo e de gabinete - boa parte inédita - que o portal está disponibilizando aqui, no Caminho do São Francisco.

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